terça-feira, novembro 16, 2004

Aformigada

INTRO

Este post está a ser escrito no âmbito de uma descomunal vontade de ser criativo. Eu, Bronkx. Ele, cookie_monster.
Este texto foi escrito em conjunto.
Vamos fazer um primeiro teste:
Céu azul
Intempérie.

Lápis
Azul.

Ok, já perceberam?


Texto.

Como sou uma formiga anã tenho dificuldades em carregar bocados grandes de pão, mas não me deixo intimidar, chego ao pé dele e pergunto:- achas que és melhor que eu só porque és mais grande?
Mas como é óbvio os pães não falam. Ele vira-se para mim e disse:
- “Para mim és como uma barata tonta!”
Quando ele fala assim para mim só me dá vontade de lhe dar uma trinca… e dou. Mas como tenho a boca pequena ele nem me liga.
Sigo em frente na minha desesperada busca pelos meus progenitores. A minha mãe elefante e o meu pai ouriço do mar.
Eles dão-me 50 antcents e mandam-me ás gomas docinhas.
Como devem imaginar sou uma anã infeliz. E ainda por cima não posso dizer que saio aos meus pais.
O único que me compreende é o meu meio-irmão tatu gigante que é filho da minha mãe e partilha os meus complexos.
Apesar disso hoje estou revoltada, o dia não me correu bem. Pego numa faca da cozinha e dirijo-me a casa. Estou farta, farta, farta!
Vou cortar a tromba daquela elefanta nojenta que me criou assim.
Aquela puta, que se devia chamar porca. Sim, ela traí o meu pai. Chegada a casa abro a porta do quarto deles e que vejo eu? Vejo a minha mãe e o padeiro formiga, que estranhamente é parecido comigo. Estão na pinocada.
Fico tão triste que me sento no canto do meu quarto a chorar, deprimida, triste com tudo o que me rodeia. Quando a minha mãe chega ainda com a tromba húmida e me diz que estavam só a brincar eu fico fula.

Vejo os dois a sair do quarto e o meu pai a chegar a casa. De uma assentada salto-lhes para a espinha e esventro-lhes os laços extra-matrimoniais com um golpe de misericórdia há muito aguardado. O meu pai chega e vê a casa envolta em sangue. Tento desculpar-me com o jantar, mas ele não acredita. Conto a verdade e tenho que o matar a seguir. Quando a polícia animal chega digo que o meu pai os descobriu e depois se suicidou, esfaqueando-se 12 vezes no peito.

Fujo de casa e quem encontro? O pão, aquele cabrão, mas hoje noto que algo está diferente, o seu cheiro mexe com as minhas pequenitas hormonas sexuais, hoje é um bonito e atraente pão com manteiga. Salta-me para a espinha e possui-me até a manteiga começar a derreter. Puro acto de prazer e de loucura animal/vegetal … ele afalfa-me todinha e deixa-me louca. Quando dou por mim vejo o pacote de manteiga ao lado. Qual não é o meu espanto quanto vejo do que se trata: Becel. Não consigo aguentar tamanha raiva no meu corpo. Regresso a casa e volto para o meu ex o meu lindo bode João. E fomos felizes para sempre… ou não!

2 comentários:

Starglix disse...

Quem não gosta das fábulas.. as historinhas dos tempos em que os animais falavam..!! Eheheheh! Bela parceria!! Parabéns! :)

xp disse...

Esta ideia está muito boa!!!
Eu próprio já tinha feito uma vez, numa aula do secundário, e guardei a folha. Ainda hoje quando encontro essa folha perdida por entre outros papéis, rio!

PARABÉNS!

Visitas aqui ao cú mulo da parvoíce a partir de 11/09/2007 porque perdi o outro antigo

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