Enquanto comia a minha bela e fresca meloa reparo em algo muito estranho. Pequenas e estranhas "coisas" minusculas remexendo a minha meloa.
Pego os óculos e olho mais atentamente. Eram entao... marcianos. Verdes movendo-se agitadamente contra as paredes da meloa em busca de alguma saida.
Estes marcianos, cerca de 247, ali habitavam desde o dia em que tinha comido a outra metade (há cerca de 11 dias). Construiram um alambique e transformaram o sumo da meloa em água e os açucares para doces.
Parecia tudo estável nesta pequena aldeia até ao dia em que pego nela.
Pois é, parece que a luz do frigorifico funcionava como relógio para esta grande comunidade. De manha, cerca das 6.40, era o ínicio de um dia. Por volta das 19horas era meio do dia. Pelas 23 horas a sua luz vinha pela última vez.
Hoje entrou a meloa inteira em pânico ao aperceber-se que iria ser mutilada por uma concha de inox gigante e engulida para o grande "buraco negro".
Deitei a meloa para o lixo.
Kimera (el chacionador de Marcianos)
1 comentário:
Só para informar que li o texto, e apreciei a prosa em questão de sobremaneira!
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