domingo, janeiro 16, 2005

Portugal profundo

Era uma vez uma aldeia pequenina, muito isolada e cheia de senhoras detentoras orgulhosas de uma barba farta. Nesse paraíso escondido do nosso Portugal profundo, rendido à calma e à apatia dos dias e do passar dos ponteiros do relógio, passou-se um dia algo que mudou para sempre a vida de todos os que não corriam com o tempo mas que se deixavam levar por ele. Era uma manha fria, igual a tantas outras, faziam 4 graus e o relógio do carro marcava 7:35. «Finalmente chegámos! Fdz que estava a ver que o xp não conseguia dar com isto», disse o avô kimera.
«Caga nisso. Vamos mas é à procura de velhotas giras, das filhas e das netas.» (ainda bem que temos o north side para aliviar estes momentos de tensão com mais uma tirada de luxo).
Saímos e decidimos explorar o sítio. Afinal de contas nós fazemos algazarra em todo lado e neste fim-de-semana não haveria de ser diferente. Instalámo-nos e fizemos um esparguete à bolonhesa e um patê de atum para servir de mata-bicho que 6 horas de viagem dão uma traça daquelas!
Saímos… após umas voltas pelo largo, o cookie monster tem uma visão e exclama «Não acredito! Não pode ser! Aqui há asiáticas!», era fácil descobrir o brilho nos olhos dele naquele momento mas eu descansei-o e prometi que à noite havíamos de averiguar isso. Assim foi, vestimos o fato de macaco e decidimos ir para a louca noite de tão requintada aldeia (entenda-se por fato de macaco a roupa de trabalho, ou seja, camisolão e calça de ganga com os ténis do cenário para a maioria, calças para dois para a pikena, cinto amaricado para o avô kimera, sapato vela e calça à pescador para o north side, camisa “operação triunfo” para alguns e barba à taliban para outros).
Escusado será dizer que a starglix, a pikena e a bolacha Maria saíram dos carros e começaram a espalhar charme tendo mesmo virado aquela tasca do avesso (era ali, “os petiscos da Maria” onde tudo acontecia, era como que o lux lá do sitio, onde estavam os fixes, o epicentro sobre qual a vida daquela gente girava…e agora também a nossa). No entanto, o culminar da noite delas aconteceu quando os três gémeos as abordaram de forma discreta e bastante romântica e lançaram um perfeito «podemos roçar-nos?»…e foram felizes nessa noite.
Aí eu e o cookie monster decidimos mudar de postura, bebemos uma whiskada, pusemos os óculos escuros e descobrimos as asiáticas. Uma entrada pelos flancos, boa técnica e um cabrito sobre o ultimo defesa e fomos felizes.
O north side e o xp não se ficaram e depois de um shot de leite e uma charutada respectivamente abordaram duas nativas, que mantinham toda a beleza intocável típica das zonas campestres e foram felizes.
O avô kimera, que estava junto ao balcão a beber copos de tinto e pipis com o kemmederasaberler teve uma ideia genial, não se quis sentir sozinho nos seus pensamentos, e saltou meio nu, meio desnudado para o coreto central e discursou como nunca o tinha feito antes, fazendo o sermão aos peixes parecer uma historia de embalar. As velhotas bateram palmas, os velhos agitaram as bengalas, as raparigas mais novinhas coraram e os animais aproximaram-se! Como não será de estranhar foi promovido a herói local e foi feliz nessa noite. Todos os outros, de uma forma ou de outra também foram felizes (até porque no dia seguinte muitos dos animais passeavam-se com sorrisos rasgados…mas isso não vou comentar).
No dia seguinte, a calma que procurávamos acabou, e deixámos de conseguir sair de casa tal a agitação que se gerava à nossa volta!
Decidimos voltar para a agitação da cidade e não alterar mais o ritmo típico daquele sitio magico... mas eu prometo….um dia voltaremos lá!

2 comentários:

Luís disse...

Que aldeia tão fixe. não me lembro de nada, mas também secalhar a intenção era mesmo esse. beber para esquecer.

Só para dizer que fiz sucesso com o meu cinto apanascado. os esquilos deliraram.

a partir daí o coreto recebe todas as últimas quartas feiras do mês uma palestra de alguém que tenta imitar o que se passou num dia de 4ºC

xp disse...

Temos de lá voltar!

Eu é que já não me lembro muito bem do caminho...

E não me posso esquecer de levar os charutos!

Visitas aqui ao cú mulo da parvoíce a partir de 11/09/2007 porque perdi o outro antigo

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