quinta-feira, dezembro 02, 2004

Saudações cordiais...

Saudações cordiais... e outras. Como prometido, aqui deixo uma pequena contribuição para este audaz empreendimento que é “1xis2hs”. Penso que um blog deste calibre merece poesia de grande qualidade. Assim vos presenteio com um poema bucólico, cuja autoria se perda no arco da memória, para lerDes e reflectirDes.

ATENÇÃO: Deveis declamar o poema de pé e num tom alto e grave. Se não o fizerdes... a maldição dos texugos amestrados abater-se-à sobre vós e o poema passará a ser uma realidade nas vossas vidas...


POEMA DO CUME

No alto daquela serra
Semeei uma roseira
O mato no cume arde
A rosa no cume cheira

Quando cai a chuva grossa
A água do cume desce
O orvalho no cume brilha
O mato no cume cresce

Mas logo que a chuva cessa
Ao cume volta alegria
Pois volta a brilhar depressa
O sol que no cume ardia

E quando chega o Verão
E tudo no cume seca
O vento o cume limpa
E o cume fica careca

Ao subir a linda serra
Vê-se o cume aparecendo
Mas começando a descer
O cume se vai escondendo

Quando cai a chuva fria
Salpicos no cume caem
Abelhas no cume picam
Lagartos do cume saem

À hora crepuscular
Tudo no cume escurece
Pirilampos no cume brilham
E a lua no cume aparece

E quando vem o Inverno
E a neve no cume cai
O cume fica tapado
E ninguém ao cume vai

Mas a tristeza se acaba
E de novo vem o verão
O gelo do cume cai
E todos ao cume vão!


Postado por kEmeDerasAbeRler

2 comentários:

xp disse...

kEmeDerasAbeRler bem vindo a este espaço.

Espero que voltes a ter o privilégio de publicar neste grandioso espaço.

Luís disse...

Excelente!

quem me der trepar esse cume sozinho! deve ser saudoso

Visitas aqui ao cú mulo da parvoíce a partir de 11/09/2007 porque perdi o outro antigo

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