Saudações cordiais... e outras. Como prometido, aqui deixo uma pequena contribuição para este audaz empreendimento que é “1xis2hs”. Penso que um blog deste calibre merece poesia de grande qualidade. Assim vos presenteio com um poema bucólico, cuja autoria se perda no arco da memória, para lerDes e reflectirDes.
ATENÇÃO: Deveis declamar o poema de pé e num tom alto e grave. Se não o fizerdes... a maldição dos texugos amestrados abater-se-à sobre vós e o poema passará a ser uma realidade nas vossas vidas...
POEMA DO CUME
No alto daquela serra
Semeei uma roseira
O mato no cume arde
A rosa no cume cheira
Quando cai a chuva grossa
A água do cume desce
O orvalho no cume brilha
O mato no cume cresce
Mas logo que a chuva cessa
Ao cume volta alegria
Pois volta a brilhar depressa
O sol que no cume ardia
E quando chega o Verão
E tudo no cume seca
O vento o cume limpa
E o cume fica careca
Ao subir a linda serra
Vê-se o cume aparecendo
Mas começando a descer
O cume se vai escondendo
Quando cai a chuva fria
Salpicos no cume caem
Abelhas no cume picam
Lagartos do cume saem
À hora crepuscular
Tudo no cume escurece
Pirilampos no cume brilham
E a lua no cume aparece
E quando vem o Inverno
E a neve no cume cai
O cume fica tapado
E ninguém ao cume vai
Mas a tristeza se acaba
E de novo vem o verão
O gelo do cume cai
E todos ao cume vão!
Postado por kEmeDerasAbeRler
2 comentários:
kEmeDerasAbeRler bem vindo a este espaço.
Espero que voltes a ter o privilégio de publicar neste grandioso espaço.
Excelente!
quem me der trepar esse cume sozinho! deve ser saudoso
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