quarta-feira, dezembro 15, 2004

O Jogo propriamente dito!

Bom Dia.

Dado o brilhante texto de um membro 1Xis e 2H’s, nomeadamente o texto “Vai um Jogo?” do passado dia 12 de Dezembro, cabe-me agora a mim falar um pouco mais sobre o assunto. Falarei sobretudo sobre aspectos gerais do jogo, não tanto sobre as competições e os diferentes graus de compromisso/motivação que cada uma gera.

Desde já devo dizer que qualquer jogo, sobretudo os amigáveis, começa com uma “Troca de Bolas a Meio-Campo”. É um facto. Esta fase é de extrema importância uma vez que permite que as equipas se estudem mutuamente. Nesta altura ainda existe pouca objectividade, não se sabendo sequer se será um bom espectáculo ou não.
De referir dois aspectos em relação a esta fase. Primeiro, a duração desta fase é indefinida. Pode durar pouco, ou muuuuiiito tempo. Segundo, por vezes é possível uma equipa estar nesta fase sem o saber.

Passada esta fase, as equipas já se conhecem minimamente, pelo que se avança para a fase da “Construção da Jogada”. Agora as coisas já estão um pouco mais claras, mas não muito. Nesta altura é muito importante que a equipa esteja bem entrosada, e que estejam todos a remar para o mesmo lado, isto é, torna-se imperativo ser coerente. Quando se chega a esta fase, já é deselegante abandonar o jogo, pelo que a persistência é uma virtude.
Há também que ter em conta a prestação da defesa contrária, daí ser comum os teóricos dizerem que a equipa tem de ser imaginativa e atacar a toda a largura do terreno, ou seja, saber utilizar tanto o flanco esquerdo como o flanco direito, sem desprezar, claro está, o centro.
Esta é porventura a fase mais entusiasmante do encontro, em que 2 equipas de ataque podem oferecer um grande espectáculo, um autêntico jogo de parada e resposta.

A última fase é o sal e a pimenta do jogo, e designa-se por “Remate à Baliza”. Note-se que o “Golo” está incluído nesta fase. Chegando aqui, as equipas devem escolher o momento preciso para desferir o remate letal, isto é, devem escolher o momento exacto em que as probabilidades de ser golo são mais elevadas.
Esta é a fase em que, alcançado o golo, há uma explosão de alegria por parte de todos, jogadores, equipa técnica, adeptos. Passada esta fase, e alcançada a vantagem, as equipas entram numa fase de descompressão e em economia de esforços, já que, em alta competição, os jogos sucedem-se a um ritmo alucinante, apesar de nunca se saber muito bem quando será o próximo desafio.




Vou agora falar um pouco de mim. Sou um indivíduo tecnicista. Gosto de adornar todos os lances antes de resolver a contenda. Acho que os adeptos não merecem menos que isso. É uma pequena recompensa pelo esforço que fazem para irem assistir ao jogo. Todavia, estes preciosismos acabam por ser maus às vezes, dado que, o que se ganha em beleza, perde-se em objectividade e, quando se dá por ela, o jogo já acabou. Esta situação é tanto mais frequente quanto menor o grau de compromisso/motivação do jogo.
A título de exemplo, num jogo de Liga dos Campeões é impensável o 4º árbitro não mostrar a placa com os descontos, o que nos permite saber quanto tempo temos para marcar golo.
Já num amigável, arbitrado pelo treinador adjunto da equipa da casa, em que as balizas são constituídas por pinos, e nem sequer as equipas se equipam a rigor, a situação já é diferente.


Por último queria dedicar um pouco de atenção à questão do Palmarés. É certo que todas as equipas têm o seu palmarés, uns mais ricos que outros, mas o que é importante é o futuro. Assim, é muito chato quando, antes de começar a partida e as equipas já se encontram no túnel de acesso ao campo, uma das equipas começa a gabar-se dos troféus do passado. Isto não só desmotiva a equipa adversária, como pode inclusive levar a que se peça um adiamento do jogo para data indefinida.


Venha a Champions!!


Por hoje fico por aqui, sendo certo que voltarei... (não sei é quantas mais vezes...)

Atenciosamente,
Com 1Xis e 2H’s

1 comentário:

Luís disse...

Bravo!!!

Estou num campeonato permanente onde a competetividade é tão saudável e tão intensa que não à direito a amigáveis e consigo abdicar de taças europeias.

a troca de bolas a meio campo num campeonato é dispensável por as equipas já se conhecem. mas, de modo a dar algum aquecimento opto por o fazer.

Um ponto onde a minha discorda do geral é no comemmoração do golo. não há tempo. a minha equipa retira a bola dentro da baliza e corre até ao meio campo em busca da goleada. isto é mais no inicio do campeonato evidentemente.

Gosto do espéctaculo mas sou muito objectivo. não sou tipo futebol brasileiro. mais inglês, chelsea!

não gosto de saber dos descontos. o suspense é a minha arma. isso só faz com que nos últimos minutos se troquem bolas. e a essencia está na busca dos golos.

A troca de palmarés não abona muito a meu favor. por isso evito entrar por aí.

Visitas aqui ao cú mulo da parvoíce a partir de 11/09/2007 porque perdi o outro antigo

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