Há pessoas, cuja credibilidade anda pelas ruas da amargura. Deverá ser essa a razão pela qual precisam sempre de alguém para corroborar as suas próprias opiniões.
É por isso que muitas vezes ouvimos pessoas a dizer frases do género,
“ Como diz o outro, «Os carros azuis não andam sem combustível!»”
A frase em si é completamente estúpida, mas se repararmos bem, ganha toda uma credibilidade que não possuía tão somente porque usa uma citação de alguém, que não se sabe bem quem é, mas seguramente é tão, ou mais, estúpido que a pessoa que a proferiu!
E uma outra questão me surge habitualmente sempre que alguém diz “como diz o outro”. Essa questão prende-se por saber quem é o “Outro”? Sempre que alguém me diz
“Como diz o outro”,
Dá-me sempre uma vontade enorme de interrompê-la imediatamente e perguntar,
“Quem?”
É que se for uma citação de alguém que admiro, e respeito, a probabilidade de concordar com a afirmação é muito maior, do que se for alguém que não respeito, ou alguém que não mereça o respeito de ninguém!
Para além disto, é também interessante colocarmo-nos no lugar do “Outro” e averiguar se o “Outro” gosta ou não de estar a ser citado. É que quem utiliza frequentemente citações, sem referir a verdadeira origem da frase ou expressão, está a apropriar-se indevidamente da intelectualidade do “Outro”, e mais grave que isso, nem sequer faz a devida referência!!
Esta situação é um escândalo, e como diz o outro, “Mas porque razão hei-de ter dois porcos no sótão?”
Por hoje fico por aqui, sendo certo que voltarei... (não sei é quantas mais vezes...)
Atenciosamente,
Com 1Xis e 2H’s
1 comentário:
Neste caso o outro foi Kimera em 20 de Outubro de 2004. Está no arquivo.
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