Foi como respirar ofegantemente, como depois de um mergulho mais puxado. Mas estava em terra e nada antevia o que se passaria. Acordei assim, de repente. No meio do deserto.
Estranho… nunca aqui estive. Sonhei com isto e aqui vim parar.
Dói-me o corpo todo e mal consigo andar.
O problema é das pernas, bem me parecia. Não tenho pernas. Cortaram-mas pelos joelhos e fizeram um nó com o resto das calças. O resto do corpo ensanguentado deve ter sido da porcaria das pernas.
Ainda por cima não sei para onde fica a Damaia. É que em Portugal não há desertos e isto agora torna-se um pouco confuso.
Sem pernas e sem água…
Há pessoas mesmo maldosas. Nem uma garrafinha de água… é mesmo para desidratar um gajo…
Passadas 12 horas, mal via o céu.
Deitado, com as costas na tórrida areia, vejo umas pernas compridas. Tipo quadro “a tentação de santo António” de Salvador Dali. Pensei logo: “elefantes no deserto?”
Pisaram-me a cabeça, sem querer, e morri…
6 comentários:
ha pessoas mm meldosas, eu n te fazia isso, sabes o que fazia metia-te a garrafa ao lado a deitar pequenas gotas, mas como não tinhas pernas não chegavas la e morrias na mm lol
likt
Este comentário também é só para ser mais uma "massagem ao ego do autor".
Grande expressão esta!
Bravo kemederasaberler!
Em relação ao texto, devo dizer que gostei muito. Fez-me lembrar alguns dos primeiros textos...
Bravo Kimera!!
(Desculpa mas ainda não me habituei a "parabenizar" um tal de Octopus...)
Para acabar, e como cada comentário funciona como "uma mensagem ao ego do seu autor" queria apenas dizer que concordo, e que também gostaria de ter o meu ego massajado de tempos a tempos...
(Desculpem lá, mas gosto muito de ver os meus textos comentados!)
Só para dizer que fiquei bem melhor dp de um ego massajado...
Kimera
acho q o nosso avô devia escrever um livro, tas la miudo
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