sábado, abril 30, 2005

O Fiscal Azevedo

Bom Dia.

Após Atarp Lexa e Joana, eis que presenteio esta vasta e maravilhosa comunidade com mais uma história de uma pessoa.
As semelhanças com os relatos anteriores são poucas. Contudo, ao nível da veracidade, aproximaria este relato mais de Atarp Lexa, do que de Joana, uma vez que tal como referi no início do post de Joana, qualquer semelhança com a realidade era pura coincidência!

Passemos à personagem que me trouxe aqui hoje. Falo, claro está, desse grande fiscalista do nosso país, o Fiscal Azevedo( por questões legais fui obrigado a omitir o verdadeiro nome deste grande vulto da fiscalidade em Portugal, pelo que, após uma escolha aleatória, decidi tratá-lo por Azevedo).

O Fiscal Azevedo é um jovem com um futuro brilhante à sua frente no campo da Fiscalidade. Desde tenra idade que o Fiscal Azevedo calcorreava(palavra do próprio) as terras deste Portugal profundo, procurando esclarecer todos os contribuintes que lhe apareciam pela frente.

O seu método era simples. Fiscal Azevedo ia de aldeia em aldeia, sempre com o seu livro de Fiscalidade, impresso em papel reciclável, debaixo do braço.
Qualquer dúvida que surgisse, o Fiscal Azevedo esclarecia prontamente. Contudo, por vezes as pessoas mais cépticas duvidavam, pelo que o Fiscal Azevedo rapidamente abria o seu livro na página correcta, e lia o decreto-lei ou o artigo que sustentava a sua opinião, qual Pe. António Vieira a dar o seu Srmão aos Peixes. De facto, a Fiscalidade é a religião do Fiscal Azevedo, e o seu livro, a sua Bíblia!

Esta postura dedicada do Fiscal Azevedo granjeou-lhe um número incalculável de seguidores, e era comum os miuditos na escola dizerem:
- Quero ser fiscalista, como o Fiscal Azevedo!
- E futebolista como o Figo?
- Quem?!


Em 1997, o Fiscal Azevedo foi contratado pelo Estado Português para o combate à evasão fiscal. Só que desta vez o combate seria feito de maneira diferente. Em vez de fiscalizar as contas dos que não pagavam os seu impostos, o Fiscal Azevedo ia até esses contribuintes em falta, e com o seu livro de Fiscalidade debaixo do braço, fazia a sua evangelização, e convencia todos sobre as maravilhas do fantástico mundo da fiscalidade!

Os resultados estavam a ser muito animadores, só que os outros fiscalistas e o Departamento da Polícia Judiciária que combate a evasão fiscal estavam muito descontentes e com inveja, face aos louros que, muito justamente, o Fiscal Azevedo recebia. Por isso começaram a fazer pressão para que o Fiscal Azevedo deixasse de exercer a sua actividade. E conseguiram.
É hoje unânime entre os economistas reconhecer que se o Fiscal Azevedo tivesse continuado, o problema do défice não existiria.

Hoje o Fiscal Azevedo limita-se a dar os seus sábios conselhos a jovens estudantes universitários, sequiosos de absorver toda a informação que Ele possa dar.

Por hoje fico por aqui, sendo certo que voltarei... (não sei é quantas mais vezes...)

Atenciosamente,
Com 1Xis e 2H’s

1 comentário:

Luís disse...

AZEVedo és o maior...

Visitas aqui ao cú mulo da parvoíce a partir de 11/09/2007 porque perdi o outro antigo

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