quarta-feira, março 09, 2005

DAS

Não sou nenhum homem, mas espero que seja considerado como tal!
Disfarço bem, sei os seus hábitos e faço tudo o que eles fazem.
Todos os dias, ando com homens, mulheres, crianças.
Sou uma sombra. Mas uma sombra a sério. Não é como aquelas sombras que se limitam a sombrear. Vêem o sol, correm para trás do indivíduo e tentam posicionar-se de tal modo que não tenham muito trabalho.

Eu sou uma sombra mais humanizada. Desde pequena que me deu com humanos.

Quando há sol, estou junto deles e estabeleço laços de amizade.
À noite, eu ando nas ruas. Tenho contratos com as luzes dos candeeiros…

Por isso, não sendo homem, quero ser considerada como homem…

Tenho o apoio da associação nacional de humanos e contrato de trabalho de 24h por dia. Exijo os meus direitos.

É que tenho família e filhos. Quero descontar o meu rendimento.
E quando não poder sombrear? E quando não tiver agilidade e reflexos para acompanhar o humano?
Depois dizem que o trabalho é mal feito.

O caso mais conhecido da história é o do Lucky. Dizem que era mais rápido que a própria sombra, mas o que acontecia era que a sombra é que era lenta….

DAS – Direito às sombras…

1 comentário:

xp disse...

É triste, mas todos nós sabemos que, à medida que envelhecemos mudamos de sombras...
Ficamos mais lentos, para ver se as sombras nos acompanham, mas mesmo assim não conseguem, pelo que temos de mudar de sombra.

DAS, da-se!

Visitas aqui ao cú mulo da parvoíce a partir de 11/09/2007 porque perdi o outro antigo

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