Avestruz

Boa Noite.

Apetece-me escrever. Não sei porquê, mas deu-me uma vontade enorme de escrever. Assunto? Não tenho, e julgo que não preciso. Nem sempre é preciso ter um assunto para escrever. Na altura em que o sono teima em não aparecer, e em que não tenho assunto, decido escrever.

Como não tenho assunto, é natural que o texto não seja bom. Por isso se quiseres parar de ler agora, eu não me importo. Até te compreendo. Que direito tenho eu de te obrigar a ler aquilo que eu insito em escrever, ainda por cima não tendo este texto ponta por onde se lhe pegue?

Eu, se fosse a ti, parava por agora e passava ao texto seguinte. Nem sequer me dava ao trabalho de parar e pensar sobre este texto, nem tão pouco comentá-lo. É óbvio que gostaria que o lesses e que o comentasses, mas não fico nada chateado se não o fizeres.

Continuo com a vontade de escrever, de comunicar. Se calhar é uma voz interior que tenho que me incentiva a escrever. Não consigo calar essa voz, nem a consigo compreender. Quem me dera conhecer-me totalmente...

Também gostava de ser uma avestruz, para poder enfiar a cabeça debaixo da terra sempre que tivesse problemas à espera que passassem. Mas não consigo. Já tentei várias vezes, mas depois fico sempre com dificuldades em respirar.

Então que fazer? Continuar a escrever! Será que alguém entende? Duvido. Será que eu quero entender? Não sei. Será que me esforço para entender? Julgo que não.

Voltando à avestruz, vou enterrar a cabeça na terra. Espero obter aí alguma lucidez.

A vontade de escrever continua, o assunto ainda não há, mas é melhor parar por aqui. Por isso...

... por hoje fico por aqui, sendo certo que voltarei... (não sei é quantas mais vezes...)

Atenciosamente,
Com 1Xis e 2H’s