Todos nós temos um amor impossivel. Um caso mal resolvido, uma paixao platonica, a primeira rejeiçao, o primeiro namorado/a...Faz parte do nosso patrimonio afectivo. Pode ser tão insignificante como a pessoa que se sentava ao nosso lado durante a primária ou profundo como a paixao pelo namorado da irmã mais velha ou o melhor amigo do irmão, ou pelo primo afastado que nos deu mais atençao quando ainda ninguem tinha reaparado em nós.
Os amores impossiveis sao contudo um encanto. Uma pessoa igual a qualquer outra, com mil defeitos e senaos , que a nossos olhos parece iluminda, irresistivel e intocavel.. o ser perfeito . O nosso amor impossivel é sempre o mais giro, o melhor, o mais que qualquer coisa... quando fala tem um timbre inconfundivel, o seu perfume irresistivel , tudo o que nós queriamos está concentrada naquela pessoa.
A maior parte das vezes ele vive apenas na nossa memoria e quando fechamos os olhos para o recordar é o princepe encantado que o destino ou uma loira de nariz empinado nos roubou.
Ás vezes ele é o nosso melhor amigo, demasiado proximo porque lhe demos excessiva confiança e ja caímos na asneira de o amarmos sem exigir nada em troca. Outras vezes é o melhor amigo de quem não devia ser e torna-se o fruto proibido ao qual nao podemos provar mas nao pensamos noutra coisa.
São assim os amores impossiveis. É impossivel viver sem eles e insuportaveis de vive-los. Habitumo-nos a eles e vivemo-los como se de cicatrizes se tratassem.
É claro que o nosso amor é impossivel porque sempre o foi. E só vai deixar de o ser quando nos depararmos de novo com ele e nos deixarmos de enganar por nos proprios, deixando o encanto quebrar-se a cada defeito que nos saltar escandalosamente à vista. Assim, pouco a pouco, devagar e sem dor, voltaremos a nossa esquecida lucidez.
com 1xis e 2H's
2 comentários:
Este texto é extremamente bonito.
Simples na complexidade que são os Amores impossíveis...
Olla!
Gostei tanto do texto que achei que merecia um comentário meu! Só a pikena é que podia conseguir uma coisa destas.
Vou ter saudades de ouvir aqueles comentários “ Ah! E não sei o quê, nunca comentas texto nenhum”, mas acho que vou conseguir sobreviver.
Mas voltando ao texto do “alvo a abater”.
Para começar os amores impossíveis não existem! Se não te apetece correr o risco porque tas com preguiça, não o corras, mas a culpa é tua e não de mais nada nem ninguém (isto é um lindo discurso, mas tem umas certas falhas, eu sei!!! Só escrevi isto para ver se para a próxima eu me lembro).
Voltando ao texto e aos “amores impossíveis” deixo aqui algumas questões, para depois alguém vir pra’qui opinar:
Quem é que quer ficar lúcido?? (é exactamente para isto não me acontecer que me meto nos copos, mas sou eu!!)
Os “amores impossíveis” são ou não tudo aquilo que os “amores possíveis” deveriam ser? (assim de repente sei lá, duradouros, perfeitos, por aí)
O que é que me dizem? Se não disserem nada por mim tudo bem.
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