Lembram-se do Juvenal?- Parte II (5)

Olá. Quando morrer quero passar por aqui. Era sinal que a minha morte tinha qualquer coisa para contar. Ia ficar muito aborrecido se a minha morte não justificasse o mínimo de interesse. É certo que a minha vida pode não ser muito interessante, nem para mim, nem para ninguém, mas gostava que a minha morte tivesse interesse para alguém, nem que fosse só para o médico-legista.
Não percebo porque é que as pessoas têm pudor em falar da morte. É inevitável, não é? Foi com esta naturalidade que vi a Vera entrar no Instituto.

Adeus e até um dia,
Professor Juvenal