Ai ai, ai, ai...

Bom Dia.

O texto que eu vou escrever hoje, agora, é simplesmente genial! A sério! É o meu melhor texto de sempre, e até mesmo da literatura portuguesa. Vai abalar com pilares há muito estabelecidos! Depois de hoje, pode-se começar a classificar a literatura portuguesa em dois períodos: o pré-este texto, e o pós-este texto. Aliás este texto vai ser o 11 de Setembro da literatura nacional! Se pensarem a literatura portuguesa como o 9/11, em que a Torre Norte do World Trade Center é Luís de Camões, a Torre Sul é Fernando Pessoa, e o Pentágono é Avô Kimera, só o primeiro parágrafo deste texto que vou escrever consegue derrubar o WTC!

Pronto. Cá vai. ...O texto vai ser mesmo muito bom! Fantástico! Brilhante! Julgo até terão de ser criados novos adjectivos para poder classificar a verdadeira magnificência deste autêntico tesouro.
Até agora ainda não está muito bom... Mas isto vai melhorar... Vai começar a aumentar a qualidade não tarda. Ou então... se calhar... não vai ser um texto assim tão bom... Se calhar não vai conseguir derrubar o Pentágono...Não! Vai conseguir! Eu tenho a certeza que vai conseguir, acho eu...

Pronto. Cá vai... Este texto tem tudo para ser mesmo bom. Todas as condições estão reunidas. Temperatura a humidade a níveis aceitáveis, musiquinha Disco a dar, uma russa a massajar os ombros do escritor... Por isso o resultado só pode ser bom.

Pronto. Cá vai... Este texto... tinha tudo para ser bom... Estava tudo reunido. Mas começo a desconfiar que, se calhar, há uma remota possibilidade deste texto não derrubar sequer uma Torre... Uma mísera Torre. Até nem é preciso ser a Torre Norte, não é preciso ter um feriado com o meu nome, basta a Torre Sul. Mas nem isso... Começo a pensar que devia ter apelidado este texto de 11 de Março... Fui um pouco megalómano ao pensar no 11 de Setembro.

Pronto. Cá vai... Este texto... não deve ser muito bom... 11 de Março?!? Este texto não vai dar para mudar nada... Se calhar devia antes ter apelidado este texto de Raid. É isso! Este texto será o Raid da literatura portuguesa!

Pronto. Cá vai... Bolas! Este texto é uma porcaria! Nem para matar uma melga serve!

Se soubesse aquilo que sei agora, não tinha perdido tempo a escrever isto! E tu, se soubesses o que sabes agora, não tinhas lido até ao fim isto.
Bem, eu ao menos tenho a russa...


Por hoje fico por aqui, sendo certo que voltarei... (não sei é quantas mais vezes...)

Atenciosamente,
Com 1Xis e 2H’s

PS: Estas russas não me param de surpreender! Afinal são 3!
Que mania têm elas de serem matrioskas...