segunda-feira, novembro 29, 2004

Guilherme pescador!

Guilherme era um pescador, mas não sabia pescar, não sabia engolfar-se e não sabia foder.
Esquisito para um homem da faina. Porém ele sabia o que gostava de fazer. Tinha as suas prioridades bem decretadas. Gostava de circular à volta de um mastro até ficar tonto ao ponto de se gregar todo. Era um pescador um pouco asqueroso. Tinha 35 anos e não tinha amigos. “Amigos são os que nos tratam como iguais” – dizia ele. Para ele os amigos eram os javalis. Sim, porque o pai dele tinha uma pertença talhada para caça.

Aqui fica a crónica do Guilherme:

Certo dia, Guilherme foi a um botequim de meretrizes. Como não sabia “amar” disse à entrada:
“Quero AMAR!”
Chega-lhe uma rameira, de cócoras e desdentada e responde-lhe:
“Ama-te a ti mesmo!”

Ele não enxergou a ideia e foi ter com o Xô Vítor.

Passado um dia apareceu na faina com um sorriso primoroso e todos o interpelaram em uníssono:

“Guilherme, Guilherme, tu és uma vergonha para os pescadores”
e ele respondeu:
“Vou-me embora para a Tunísia, lá ao menos há camelos inteligentes. Ao menos lá posso amar-me”

… e foi. Nunca mais o vi.

Por isso, a quem de direito, gostava que me fosse atribuído um subsidio para ir pelo mundo fora em busca do Guilherme, o pescado!


Ps.: isto passou-se à séculos atrás, mas acredito que ainda estará vivo. Entretanto Guilherme tornou-se num ícone de culto entre as pessoas das lapas. Guilherme, avé!

Sem comentários:

Visitas aqui ao cú mulo da parvoíce a partir de 11/09/2007 porque perdi o outro antigo

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